quinta-feira, 5 de agosto de 2010

I SEMINÁRIO SUL BRASILEIRO DOS TÉCNICOS AGRÍCOLAS

I SEMINÁRIO SUL BRASILEIRO DOS TÉCNICOS AGRÍCOLAS
19 e 20 de março de 2010 - Balneário Camboriú

Os profissionais Técnicos Agrícolas por meio de suas entidades profissionaisATASC, SINTAGRI, CONEA, UNITAGRI, ATAEPAR, SINTEAPR, ATARGS e FENATA, promoveram o I SEMINÁRIO SUL BRASILEIRO DOS TÉCNCICOS AGRÍCOLAS, na cidade de Balneário Camboriú, nos dias 19 e 20 de março de 2010. Os objetivos principais do evento foram: promover o intercâmbio técnico científico entre os técnicos agrícolas e suas instituições de ensino agrícola, proporcionar a integração entre os profissionais que atuam em áreas correlatas, oportunizar o surgimento de novas lideranças classistas e proporcionar momentos de confraternização e companheirismo.

Passaremos a seguir as deliberações tomadas durante as oficinas de trabalho e aos trabalhos de grupo.


DELIBERAÇÕES DA OFICINA DE TRABALHO

1. O ENSINO AGRÍCOLA BRASILEIRO

Coordenador: Prof. José Carlos Brancher – Presidente da ATASC
Debatedores: Prof. José Orlando Kuhn – Presidente do CONEA
Prof. Luiz Alberto Ferreira – Professor do IFET Campus Camboriú
Relator: Prof. Gerson Luiz Batistella – Secretário Geral do CONEA e da ATASC

1.1 INTRODUÇÃO

Consideramos o Ensino Agrícola de nível médio como a base fundamental e sustentáculo brasileiro em todas as atividades agropecuárias, principalmente na produção de alimentos, desenvolvimento de tecnologias, mecanismos de produção, controle, gestão, preservação ambiental, entre outras atividades que os profissionais representaram com competência e responsabilidade.

Atualmente existem muitos entraves e descaso por parte de nossas autoridades federais e estaduais em relação ao apoio, incentivos e principalmente investimentos para a professores que atuam nas instituições de ensino agrícola, quanto ao futuro desta tão importante categoria profissional e das entidades representativas na manutenção de nossas atribuições profissionais. Nossos governantes estão literalmente acabando com o Ensino Agrícola Brasileiro, em especial citamos os casos de governos estaduais que tem dificultado ao máximo o funcionamento das escolas, especialmente nos estados do RS e SC.


1.2 Relatos dos principais problemas

a) Transformação das Escolas Agrícolas Federais em IFET, onde os interesses se voltam ao ensino superior, preocupando o funcionamento do Curso Técnico e a identidade destes profissionais.

b) Descaso administrativo e financeiro aos CEDUPs por parte do governo do Estado de Santa Catarina, onde diretores e professores mantêm as escolas ainda funcionando por ética, competência e amor a esta atividade.

c) Formação de várias modalidades de Técnicos, onde os profissionais formados encontram dificuldades no registro do CREA, enfraquecendo a categoria.

d) Dificuldade de identificação profissional pelos alunos formados e pelas facilidades em ingressar nos cursos superiores, mesmo com formação duvidosa, sem qualificação ou registro.

e) Interferência do sistema CONFEA/CREA nas diversas instâncias do Ensino Agrícola Estadual e Nacional, prejudicando e dificultado o trabalho e a melhoria da qualidade do ensino nas escolas.


1.3 Proposta de ação

a) Articulação política entre as escolas que ministram o Ensino Agrícola com as entidades profissionais para conseguirmos representantes comprometidos com a educação.

2. Mercado de trabalho

Coordenador: Téc. Agrícola Antonio Tiago da Silva - Presidente do SINATGRI
Debatedor : Téc. Agrícola Heli Schlickmann - Diretor Técnico ATASC E UNITAGRI

2.1 Propostas e ações

a) Projetos de investimento - proposição de expediente legal para reajuste do teto de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) para os projetos, e um indexador permanente (caso encontre abrigo legal) para dar segurança e acompanhar os reajustes dos valores de bens e serviços.

b) Oferecer serviços técnicos via consultoria/assessoria - através de empresas próprias, via cooperativas dos técnicos, (exemplo UNITAGRI/SC), e/ou outra forma, como autônomos. Esse tipo de serviço acompanha a tendência do mercado, e o seu ganho é sempre acima do emprego formal via CLT.

c) Criação de um mecanismo para treinamento, EaD - mecanismo este que os Técnicos Agrícolas possam atualizar-se constantemente, utilizando as ferramentas tecnológicas do momento.

d) Questão ambiental - os serviços nessa área irão crescer e os Técnicos Agrícolas podem encontrar nesse segmento uma grande chance de fixação profissional, desempenhando papel importante ao país e ao meio ambiente. Fonte de trabalho e renda.

e) Conselho próprio - as dificuldades encontradas no mercado de trabalho somente serão sanadas quando os Técnicos Agrícolas tiverem seu conselho próprio. Propor a intensificação de ações políticas integradas nacionalmente para alcançar o objetivo.

f) Capacitação – segundo a visão do grupo é a questão mais importante do mercado de trabalho. Sem aprimoramento e uso das ferramentas técnicas, sem novas tecnologias, sem novos procedimentos, sem novas habilidades, o Técnico Agrícola ficará à margem do mercado. Concluímos que os profissionais devem buscar sua capacitação utilizando-se dos mecanismos formais ou informais.

3. DESAFIOS NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

Coordenador: Téc. Agrícola Vilmar Matter – Presidente da ATAEPAR
Debatedor: ATARGS/RS
Relator: Téc. Agrícola Eduardo Dias Dornellas - SINTEAPR

3.1 INTRODUÇÃO

Nesta oficina de trabalho foram debatidos os seguintes temas; Política Agrícola, Políticas Públicas, Lei de ATER, Infra-Estrutura e Política Ambiental.

3.2 Propostas e ações

a) Valorizar a cultura local – perda de identidade.

b) Atualização e revisão do modelo agrícola voltado para a grande produção com exclusão à pequena propriedade e ao pequeno produtor.

c) Conhecer melhor as políticas públicas.

d) Aprofundar o conhecimento da PNATER e a Lei de ATER.

e) Reconstrução da Extensão Rural, centrada no agricultor com base na educação e na organização.

f) Melhorar a infraestrutura e o escoamento da produção de alimentos.

g) Organizar seminários conjuntos com os movimentos dos Técnicos Agrícolas e Agricultores para discutir políticas públicas, ater, infra-estrutura, meio ambiente entre outros temas relevantes.

h) Ter o movimento dos Técnicos Agrícolas como um indutor de políticas públicas.

i) Criar uma rede social interativa virtual, como uma ferramenta de reflexão, troca e de reconstrução do saber.

j) Estudo de compensação financeira para proteção ambiental.

l) Abolir totalmente os juros dos financiamentos agrícolas e melhorar a política de garantia de preços mínimos.

4. Grupo Regulamentação da Profissão

Coordenador: Téc. Agrícola Mário Limberger – Presidente da FENATA
Debatedores: Dr. Silvio Walter – Advogado ATASC/SINTAGRI
Dr. André – Advogado da FENATA
Relator: Téc. Agrícola Edson Carlos de Quadra – Vice-presidente do SINTAGRI

4.1 INTRODUÇÃO

O coordenador e os debatedores fizeram um histórico da regulamentação da profissão, ações judiciais, marco inicial com a lei 5.524/68 e regulamentação dos decretos 90.922/85 e 4.560/02. Reação de outras categorias profissionais, através de ações de inconstitucionalidade e outras ações. A falta de padronização dos Crea’s, pois cada Estado possui um tipo de atuação, dentro da mesma legislação. Demandas judiciais, embargos de divergências, e outras ações judiciais.

Reforçando, o técnico agrícola é a única profissão do sistema CONFEA/CREA que possui em decreto as suas atribuições profissionais.

4.2 Propostas e ações

a) O grande desafio é a manutenção das atribuições profissionais.

b) Preparar o movimento para enfrentar as dificuldades nestas instâncias.

c) Acompanhar com atenção os institutos para a realidade na formação do profissional Técnico Agrícola, nas esferas estadual, federal e particular.

d) Criação de canal de informação para todos os Estados, principalmente nas ações judiciais, através do site da Fenata.

e) Democratização das informações diretas para os Técnicos de campo.

f) Criação de grupos temáticos para discussão por assunto, projetos técnicos ou similares.

g) Nas ações administrativas e judiciais do movimento foi sugerido que tenham acompanhamento das assessorias jurídicas da Fenata e/ou das Associações e Sindicatos.

h) Ações judiciais nos CREA’s em função da demora das revisões de atribuições.

i) Atualização e ajustamento do decreto 4.560/02.

j) Elaboração de proposta política do movimento nacional e estadual para os candidatos Técnicos Agrícolas e outros afinados com a categoria para as eleições de 2010.

l) Acompanhamento mais intenso do nosso movimento nas esfera do ministério, empresas públicas e privadas.

m) Definição de uma política nacional de sustentação da manutenção de atribuições, uma delas a formação de equipe do movimento nacional para acompanhamento na câmara dos deputados, senado e instâncias que tenham vínculo com nossa profissão, criação de um fundo para manter esta equipe de trabalho.

n) Ampliar o apoio dos estados na mobilização para aumento do número de associados e sindicalizados.

5. A MULHER TÉCNICA AGRÍCOLA

Coordenadora: Profª Odete Rintzel
Debatedora: Téc. Agrícola Vanessa M. C. Pacheco

5.1 INTRODUÇÃO

A questão cultural ainda pesa muito na participação de mulheres no mercado de trabalho. O colégio agrícola precisa inserir conversas com as técnicas agrícolas, preparando-as para o mundo do trabalho que é ainda dominado pelos homens. Há inclusive a predominância dos homens também nas viagens.

Muitas empresas têm ainda rejeição pela contratação das mulheres (TABU), muitas técnicas têm vergonha ou não sabem que contam com assessoria jurídica através das entidades profissionais como no caso da ATASC em SC.

5.2 Propostas e ações

a) É Importante trabalhar junto aos núcleos a valorização e a não rejeição das mulheres Técnicas Agrícolas no mercado.

b) Trabalhar para que não haja diferenciação salarial pelo fato de serem profissionais mulheres.

c) Propor na pauta dos próximos encontros palestras voltadas para a mulher Técnica Agrícola e incentivar a participação delas.

As propostas aqui apresentadas foram elaboradas nas oficinas de trabalho e discutidas no grande grupo sendo aprovadas pelos 180 participantes da plenária do I Seminário Sul Brasileiro dos Técnicos Agrícolas.


Obs. Alguns colegas não deixaram os nomes registrados em seus referidos trabalhos de grupo, portanto, poderão ter alguns nomes que não constem ou omissos em face deste.

Redação final professor José Carlos Brancher – Presidente da ATASC.

Balneário Camboriú/SC, março de 2010.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

PROPOSTA DE PARTICIPAÇÃO NO CONGRESSO

Estamos negociando com a Rede de Hotéis Dall’Onder as condições para hospedagem, alimentação e o local para a realização do próprio Congresso.

A Rede Dall’Onder é constituída por três hotéis e está disponibilizando 400 apartamentos para o Congresso.

Ø Grande Hotel Dall’Onder – 230 apartamentos

Ø Hotel Vitória – 80 apartamentos

Ø Hotel Vinocap – 90 apartamentos

Estamos negociando as tarifas para a hospedagem dos congressistas, bem como os valores para o coquetel, jantar italiano e o de encerramento, dia 30 de julho (sábado).

Na verdade, estamos preparando um pacote para os participantes, que incluirá hospedagem, inscrição e os jantares, que será disponibilizado no site da FENATA, ainda no mês de maio, para facilitar os pagamentos em parcelas, que poderão ser em até 12 vezes.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Anote esta data

De 27 de julho a 01 de agosto de 2011, será realizado o III Congresso Nacional dos Técnicos Agrícolas, que terá como marcantes a comemoração dos 100 anos da profissão e os 70 anos de organização dos Técnicos Agrícolas.

O evento está sendo divulgado no site da FENATA, que também em breve disponibilizará um pacote para inscrição dos participantes, que deverá incluir hospedagem, inscrições e jantares comemorativos.

domingo, 28 de março de 2010

Seminário Sul Brasileiro dos Técnicos Agrícolas

* HELI SCHLICKMANN

Em março de 2010 ( 18 a 20) acontecerá em Balneário Camboriú (SC) o Seminário Sul Brasileiro dos Técnicos Agrícolas, evento que marcará os debates para o encontro nacional de julho de 2011 em Bento Gonçalves/RS.

O evento acontecerá num dos melhores resort de praia do Brasil. ( Recanto das águas resort e SPA).Encravado na mata atlântica, com uma praia agreste de 01 quilometro de extensão, numa área de restinga de maior preservação do sul do Brasil, dentro do melhor e mais badalado balneário também do sul do Brasil.

Aqui o Técnico Agrícola verá como a UNITAGRI desenvolve suas atividades de jardinagem, como faz a gestão do meio ambiente, e como faz e fez desse contrato um laboratório para sua atuação nesse segmento. Com 11 Cooperados atuando deste 2004, a UNITAGRI é encarregada de manter um espaço que junto chega a quase 1 milhão de metros quadrados. Um refúgio ecológico de causar espanto (positivo) a qualquer turista, dentro de uma região com pressão imobiliária intensa.

Também utiliza a área para proporcionar estágios a Técnicos Agrícolas e ambientais de todo o estado (já foram mais de 20 e temos 07 no momento) e mais 02 virão de Campo Erê/SC em fevereiro/2010.A UNITAGRI busca a cada dia se superar e busca em suas atividades, sempre oferecer aos seus clientes o que de melhor tem em gestão de serviços. A UNITAGRI sempre por seus cooperados desenvolve suas atividades de maneira totalmente independente e ciente que essa independência não lhe faculta o direito de errar, e sim o direito/dever de apresentar soluções e propor as melhores alternativas técnicas, ambientais e sociais, e assim tem sido nesses quase 06 anos de atuação, no resort.

Concomitantemente com o evento sul brasileiro acontecerá um evento estadual dos Técnicos Agrícolas e a AGO/2010 (18/03) da Unitagri.

Desde já a UNITAGRI está à disposição dos Técnicos Agrícolas para esclarecimentos sobre o RESORT.

*Heli Schlickmann, é diretor técnico da ATASC e UNITAGRI, Técnico Agrícola, esp. em diversas áreas e coordenador do contrato entre a Unitagri e o Recanto das àguas Resort e SPA.redeverde@redeverde.com.br 47-99655941

quinta-feira, 18 de março de 2010

III CONGRESSO NACIONAL – ENCONTROS REGIONAIS

Neste fim de semana a FENATA dará início aos Encontros Regionais de Técnicos Agrícolas, que são eventos preparatórios para o grande Congresso Nacional da categoria, que será realizado em 2011, no Rio Grande do Sul. Veja no site.

O I Encontro será na Região Sul, de 19 a 21 de março de 2010, na cidade de Balneário Camboriú (SC), reunindo Técnicos Agrícolas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.

TEMAS

1. MERCADO DE TRABALHO
- Empreendedorismo Rural
- Cooperativas de Trabalho
- Política Salarial
- Crédito Rural (financiamento próprio e projetos)

2. REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
- Atribuições Profissionais
· Execução das atribuições
· Novas atribuições
- Formação Profissional
- Fiscalização Profissional

3. ENSINO AGRÍCOLA
- Currículo Escolar (grades)
- Institutos Federais (descaracterização)
- Escolas Agrícolas Estaduais, Municipais e Particulares

4. DESAFIOS À PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
- Política Agrícola
- Política Agrária
- Política Ambiental
- Assistência Técnica e Extensão Rural

5. MOVIMENTO NACIONAL DE MULHERES E JOVENS TÉCNICOS AGRÍCOLAS